terça-feira, 29 de setembro de 2009

a viagem do tempo.

Não sou dono do tempo, nem de nenhuma verdade, a não ser daquilo que sinto. Mas o que sinto está cá dentro, só eu vejo, e mesmo que te explique com todas as palavras do mundo, nunca saberei se me expliquei bem e, caso o tenha feito, se entenderás o que te digo exatamente da forma como te quis dizer, por isso é que às vezes fico calado e espero que o tempo resolva os enigmas mais complexos, ou mais simples da existência.
 

Amor é muito mais do que hábito, é sobretudo tempo. E quando se ama, há sempre dúvidas e medos, há sempre uma vontade secreta de outros desejos, de outras vidas, de outras viagens, mas vem o tempo e decide por nós, aquilo de que não somos capazes.
 

Quando se ama alguém tem-se sempre tempo para essa pessoa, e se ela não vem ter conosco, nós esperamos. O verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar.
 

E aprendemos a respirar na espera, a viver nela, afeiçoando-nos a um sonho como se fosse verdade.
O amor na espera ensina-nos a ver o futuro, a desejá-lo, a organizar tudo para que ele seja possível.
E se calhar é por tudo isso que já aprendi a esperar, confiando à vida tudo o que não sei, ou não posso escolher.
 

É mais fácil esperar do que desistir e para quem vive a sonhar, é mais fácil viver.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

chega de saudade.

De meus sentimentos, restaram apenas mágoas e palavras não ditas. O passado não importa mais, só importam as lembranças de que um dia eu fui capaz de amar alguém, e enquanto houver o silêncio das palavras e o som de uma música que marcou alguma coisa importante, eu vou lembrar de tudo o que houve entre nós e desejar que eu possa transformar meu passado em algo, no futuro, bom e gostoso de lembrar.

sábado, 19 de setembro de 2009

quase dois anos.

Bem, tem sido um longo período de tempo, longo tempo agora, desde de a vez que eu vi você sorrir. E eu vou jogar fora o meu susto, eu vou jogar fora o meu tempo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Vai que, de repente, eu te amo.

E se acontecer de dar certo e nossos dedos se encaixarem bem, e nossos pés dispensarem os traços que ensinam a dança e rodarem tontos por todo o lugar, onde a gente, de repente, pode se encontrar. Por sorte, destino ou engano. Vai que, de repente, eu te amo.

Vai que acontece eu chegar e aparar seu corpo antes do chão ou, ao me ver, ainda no ar, você criar asas, passa rasante assustando a platéia e pela mão, de repente, por descuido ou surpresa, você me carregar pra qualquer canto. Vai que, de repente, eu te amo.

Pode ser do acaso brincar com a gente e empurrar as paralelas das nossas vidas, criando um ponto em comum. Vai que, perdido, eu embaralhe as frases. E embaralhado em alguma delas você me ache e transforme essa vida engasgada em um canto Vai que, de repente, eu te amo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Mundo de incerteza, o meu.

É uma sensação estranha. Me faz mal, mas ao mesmo tempo me faz bem, mesmo sabendo que no final vai me fazer mal. Dói, mesmo tu querendo que não doesse, mesmo assim tu preferes sentir essa dor. Não sei o que eu faço, só sei que dói. Se as coisas acontecessem da maneira que eu penso, seria maravilhoso, mas também seria ruim. Eu quero, mas ao mesmo tempo não quero. Apenas sei que no final eu vou ficar bem. É a única certeza que eu tenho nesse meu mundo chamado incerteza.