sábado, 12 de setembro de 2009

Vai que, de repente, eu te amo.

E se acontecer de dar certo e nossos dedos se encaixarem bem, e nossos pés dispensarem os traços que ensinam a dança e rodarem tontos por todo o lugar, onde a gente, de repente, pode se encontrar. Por sorte, destino ou engano. Vai que, de repente, eu te amo.

Vai que acontece eu chegar e aparar seu corpo antes do chão ou, ao me ver, ainda no ar, você criar asas, passa rasante assustando a platéia e pela mão, de repente, por descuido ou surpresa, você me carregar pra qualquer canto. Vai que, de repente, eu te amo.

Pode ser do acaso brincar com a gente e empurrar as paralelas das nossas vidas, criando um ponto em comum. Vai que, perdido, eu embaralhe as frases. E embaralhado em alguma delas você me ache e transforme essa vida engasgada em um canto Vai que, de repente, eu te amo.

Um comentário:

  1. Ok. A única coisa que me veio na cabeça depois que lí o texto foi: sempre tente.
    É que eu estava lendo um blog chamado "chuva das tres", e seu link me chamou a atenção. Pensei por alguns segundos que talvez, o seu blog não superasse minhas expectativas - sim, foi um pensamento equivocado.
    Depois da leitura, me imaginei recitando-o num teatro, ou então, numa mesa de bar depois de algumas cervejas. Não importa! O que interessa é que suas palavras tocaram meu coração, o que já é o bastante.
    Parabéns pelo ótimo texto. Você sabe emocionar.
    www.twitter.com/donakari

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