domingo, 14 de junho de 2009

Fantasma.

Passaste por mim, passaste por dentro de mim como se eu fosse um fantasma. Não havia no teu semblante nenhum sinal da minha presença. Passaste por mim como seu fosse apenas mais uma pessoa no meio da multidão. E quando passaste me levaste junto contigo, tiraste a minha respiração apenas com um murmúrio da tua voz. E tu passaste por mim e nem sequer me olhaste nos olhos, nem a luz do teu olhar me deste.
Fazes-me falta..
Tornei me um monumento ao nosso amor destruído, um memorial vivo do que já se foi e não volta mais, e as vezes me pergunto se foi tudo real, se foi real a tua mão a apertar a minha, se foi real a nossa entrada com pés direitos, se foi real o mar que nos uniu, e principalmente se foi real o teu sorriso a iluminar o meu. Passaste por mim, e eu estava ali, aquele que outrora tu juraste amor eterno.
Tas aí? Por acaso lês as minhas palavras de dor?
Eu lutei por ti, eu lutei como um guerreiro, eu lutei com toda a força que tinha na minha alma, e tu disseste que eu era a vencedor do nosso amor, que me admirava porque eu não desistia, eu não desisti, mesmo quando foste embora sem me explicar o porque.
Que culpa tenho eu de ser imperfeito? Que culpa tenho eu de ter manias e vontades?
Eu sucumbi a tua partida, e mesmo quando me olhaste nos olhos e me disseste que já não me amava mais, foda-se eu não acreditei. E tu passaste por mim, e eu fiz uma lista de tudo aquilo que eu odiava em ti. A porra do papel só tem uma frase: "ela não me olhar".
E eu odeio o facto de te admirar tanto, porque a luz que a tua alma emana é tão forte que ofusca o meu espírito.
E tu vens aqui?
Roubas-te os meus sonhos, roubaste o meu ar, roubaste as minhas palavras, que merda de mundo é este onde não te tenho junto a mim?
As vezes por um instante te sinto junto a mim, e sinto a batida uníssona dos nossos corações, um momento que só dura um segundo mas que parece uma eternidade.
Passaste por mim meu bem, mas não te levaste.

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